Na noite da segunda-feira e na manhã da terça da semana passada, dias 26 e 27 de abril de 2021, ocorreu o fenômeno astronômico da "superlua rosa". Mas caso você não conseguiu acompanhar, já lhe digo de antemão que a lua permaneceu da mesma cor. A primeira superlua de 2021 embelezou o céu e pode ser visto de qualquer lugar do Brasil e do mundo sem a necessidade de equipamentos específicos.
Assim como Jack, o estripador, vamos explicar esse fenômeno "por partes" (desculpem o trocadilho). Superluas ocorrem porque a órbita da Lua ao redor da Terra—assim como as dos planetas ao redor do Sol— não é circular, mas levemente elíptica. Como resultado, a distância entre elas (Terra - Lua) muda durante o mês.
No ponto mais próximo (perigeu), ela fica a aproximadamente 362 mil km de distância, enquanto no ponto mais distante (apogeu) essa distância chega a 405 mil km. As datas do apogeu e do perigeu não são sincronizadas com as fases da Lua e apenas ocasionalmente coincidem com a Lua Cheia. Assim, as superluas aparecem quando a Lua está cheia e se encontra no perigeu, apresentando ser cerca de 15% maior que o habitual e 30% mais brilhante.
Uma Lua 15% maior do que o normal não parece ser muito – e se você olhar para o céu, de fato não vai ver uma grande diferença. Na verdade, o fenômeno não passa de uma ilusão de ótica. A lua parece maior quando está próxima ao horizonte, pois nosso cérebro tende a compará-la aos prédios ou à paisagem que estão ao fundo.
Quando estiver mais alta no céu, só com o pano de fundo das estrelas, continuará igualmente ou até mais brilhante, mas nos parecerá menor.
Já no que se refere a denominação "rosa" do fenômeno, tem origem cultural. A nomenclatura trazida pelos povos nativos norte-americanos que marcavam a passagem do tempo pelas luas cheias. Cada uma tinha um nome específico. A primavera era fortemente comemorada pelas tribos do Hemisfério Norte como uma espécie de renascimento após o inverno tenebroso. Por conta disso, a lua cheia de abril é chamada de “rosa” porque surge na mesma época que as flores róseas da Phlox Subulata, uma planta selvagem norte-americana.
De acordo com o Observatório Astronômico de Lisboa e a NASA (Agência Especial Norte-Americana) essa coincidência ocorrerá duas vezes em 2021. A próxima será em 26 de maio, quando também está previsto um eclipse lunar total. Já vai deixando anotado na agenda!! Até a próxima!!
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