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  • Foto do escritorAna Carolina Krüger

James Webb e a descoberta de novos cinturões de asteroides

No dia 11/05/2023, o Telescópio Espacial James Webb (JWST) capturou novas imagens de alta resolução, revelando detalhes da estrela Fomalhaut, localizada a uma distância de 25 anos-luz da Terra, na constelação de Piscis Austrinus. Em 1983, foi observada pela primeira vez a existência de um cinturão de detritos ao redor de Fomalhaut. No entanto, o supertelescópio James Webb permitiu a observação de dois anéis adicionais mais próximos da estrela: um anel interno brilhante e um anel intermediário estreito. Esses anéis fornecem evidências de um possível sistema planetário complexo e ativo.


Foto: NASA/DIVULGAÇÃO

Especialistas afirmam que esses discos de detritos podem contribuir para a compreensão da formação e evolução de sistemas planetários semelhantes ao nosso antigo objetivo astronômico. Embora os discos de Fomalhaut possuam componentes semelhantes aos do nosso sistema solar, nenhum planeta foi oficialmente descoberto em torno dessa estrela. Os pesquisadores suspeitam que esses cinturões foram esculpidos por forças gravitacionais exercidas por planetas que ainda não foram detectados. Portanto, acredita-se que Fomalhaut também abrigue um gigante gelado que molda sua vizinhança.

Os resultados dessa descoberta foram publicados pela equipe do projeto James Webb na revista científica Nature Astronomy. De acordo com o estudo, Fomalhaut possui três cinturões concêntricos que se estendem por 23 bilhões de quilômetros a partir da estrela, o equivalente a 150 vezes a distância entre a Terra e o Sol. Para fins de comparação, o cinturão mais externo de Fomalhaut tem praticamente o dobro do tamanho do Cinturão de Kuiper, uma região de asteroides localizada além de Plutão em nosso próprio Sistema Solar. O estudo também sugere que o sistema composto pela estrela e pelos três cinturões pode ser mais ativo e complexo do que o Cinturão de Kuiper.

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